05 setembro, 2025

Quando o "antinatural" não significa nada

Quando o "antinatural" não significa nada

Autor: João Americano (João Felipe C. S.)

Muitos cristãos, quando querem falar contra o homossexualismo, usam a palavra “antinatural”. Parece que estão soltando um argumento científico, uma verdade que não pode ser contestada. Mas quando você pede uma simples explicação, não vem nada além de versículo bíblico ou a opinião de um pastor. Nunca um estudo ou um dado real.

Só que no sentido empírico da coisa, “antinatural” nem faz sentido. Dois cães machos, se ficam sozinhos por muito tempo, em algum momento tentam cruzar. Isso acontece. Está dentro da natureza. Logo, chamar de “antinatural” é simplesmente usar uma palavra da boca pra fora sem pensar no que realmente significa.

Paulo quando falou do “uso natural da mulher” não estava escrevendo um estudo de biologia. Ele falava a partir de uma visão moral do fato, de uma ideia de natureza primordial de sua época, como Deus a pensou, não como nós a vemos nos instintos ou nos fatos do dia a dia. Quando alguém pega essa fala e usa como se fosse argumento científico, está transformando teologia em caricatura ou em mero argumento sem compromisso algum com fatos reais.

Eu não acredito que Deus vai nos julgar pela nossa conduta sexual. Não acho que Ele fique contando atos isolados como se fosse um fiscal de vigia. O julgamento não é atomístico, é da vida moral como um todo. Do quanto a pessoa buscou sentido, do quanto ela se aproximou ou se afastou do que Ele quis pra nós.

Se há condenação, ela é moral e espiritual, não científica. Misturar as duas coisas só empobrece a fé e deixa o discurso cristão parecendo raso, preso a palavras mal usadas e mal compreendidas.

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