O Capitalismo Sem Alma - EUA
Autor: João Americano (João Felipe C. S.)
O capitalismo funcionou nos Estados Unidos quando esteve ligado a algo maior: a fé religiosa e o desejo de conquista, aventura e expansão. Não era apenas um sistema econômico, era também um modo de viver voltado para algo mais humano, mais amplo que o simples acúmulo de dinheiro.
Quando esses valores se enfraqueceram, sobrou apenas o vazio capitalista do dinheiro. Hoje, poucos capitalistas têm algum sentido maior a seguir. O sistema, sem norte espiritual ou cultural, se transformou em um mecanismo que se basta a si mesmo, vivendo de sua própria repetição de gerar dinheiro e consumo.
Disso nasceu um novo perfil humano: o dependente de ordens, acomodado, sustentado pelas garantias mínimas oferecidas pelo Estado. Essa fusão entre Estado e corporações deu força a monopólios e ao sufocamento da vida comum. O que temos agora é um capitalismo de lobby, sem qualquer aventura, sem grandeza e sem alma.
Nesse cenário, surgem três tipos de outsiders:
Hoje existe até um prestígio em ser outsider, mas poucos realmente o são. O capitalismo moderno é tão filantrópico na aparência que nenhum capitalista se coloca, de fato, contra o socialismo. São, em maioria, aproveitadores, burocratas de terno, desalmados e ratos.
O capitalismo deu certo quando tinha um sentido maior de humanidade. Sem ele, não passa de um mecanismo frio, incapaz de inspirar grandeza ou dignidade.