O que penso do Islã depois de conhecer
Autor: João Americano (João Felipe C. S.)
Quando escrevi meu primeiro artigo, admiti que sabia quase nada sobre o Islã. Eu carregava apenas dúvidas, impressões soltas e imagens formadas por filmes e notícias. Depois da leitura de "Um breve guia ilustrado para compreender o Islã", percebi o quanto mudei e quanta coisa eu descobri.
Antes eu via Muhammad como o fundador de uma religião. Hoje eu entendo que, para o Islã, ele não é um criador de fé, mas o último profeta, alguém que recebeu e transmitiu a grande revelação final. Ele está na mesma linha ou estante espiritual de Abraão, Moisés e Jesus.
Antes eu pensava no Alcorão como a “Bíblia dos muçulmanos”. Agora sei que, para eles, ela é a própria palavra de Deus, revelada em árabe, recitada e memorizada. Não é apenas um livro, mas uma presença viva na fé tradicional.
O islamismo se mostrou para mim como uma religião firme, mas não punitiva. O muçulmano vive com limites claros sobre o que pode, não pode e o que não deve fazer. A mulher ocupa um lugar de respeito, cuidado e valorização. Já os homens assumem a defesa da fé como um propósito de vida. A tradição é algo essencial para eles, transmitida de geração em geração.
Sobre Jesus, aprendi que o Islã o reconhece como profeta, nascido de uma virgem, autor de milagres, mas não como Filho de Deus. Para o cristão, é justamente aqui que começam as diferenças e divergências de compreensão. Mesmo assim, existe um ponto de respeito: tanto cristãos quanto muçulmanos creem que Jesus foi enviado por Deus e que Ele voltará.
"Reconhecer a ignorância é o primeiro passo para a sabedoria."
- IBRAHIM, I. A. Um breve guia ilustrado para compreender o Islã. Tradução de Maria Christina da S. Moreira. Houston, Texas: Darussalam.